CONSÍLIO DOS DEUSES II

  O Manuel sempre gostou de ler histórias que se centram em figuras do domínio do fantástico e do maravilhoso, por isso,também sempre apreciou a leitura deste episódio.


FICHA Nº 11  continuação


   Baco simboliza todos os obstáculos e interesses estabelecidos no Oriente e que dificultaram o domínio português.

ESTROFES 33  e 34- Vénus assume a defesa do Portugueses:

* trata-se de uma gente muito semelhante ao seu amado povo romano, com grandes qualidades,
* a língua muito semelhante ao Latim,
* o seu nome e o que ela simboliza serão sempre glorificados  no império que esta gente guerreira vai conquistar.

ESTROFES 34 e 35- Ponto da situação: Baco teme a "infâmia" por poder perder a influência no Oriente, Vénus ambiciona as honras que os Portugueses lhe poderão proporcionar.Há uma divisão dos apoios por  parte dos outros membros do consílio.
 Compara o tumulto entre os deuses a uma tempestade provocada pelos ventos norte e sul na floresta e na montanha.



ESTROFES 36 e 37- Descrição da figura imponente de Marte, que assume uma posição favorável aos portugueses.











Há duas razões:
* o " antigo amor"que o ligava a Vénus,
* a bravura dos Portugueses.

A imponência da figura deste deus é conseguida da seguinte forma:
* a armadura de guerreiro, em que são referidos apenas os aspetos que se relacionam com o "merencório gesto" e a firme determinação desta divindade: o escudo, o elmo e o bastão.
* a adjetivação por vezes dupla e até tripla; " merencório", medonho e irado", " armado, forte e duro", etc.
* a hipérbole ( est. 37, vv7 e 8) realça a violência da pancada do bastão de Marte no chão do Olimpo, a tal ponto que o próprio Céu tremeu e o Apolo perdeu um pouco da sua luz.


ESTROFES 38,39 E 40- Discurso de Marte. Pretende que Júpiter cumpra a sua determinação de ajudar os Portugueses, ordenando a Mercúrio que lhes indique a a terra onde possam obter informações sobre a Índia e restabelecer-se da longa viagem. A fim de reforçar o seu apoio ao Portugueses, refere o caráter suspeito dos argumentos de Baco.

ESTROFE 41- Júpiter aceita a sugestão de Marte e termina o consílio. Cada deus regressa aos seus domínios celestes pelo mesmo caminho "Lácteo" que haviam utilizado para a vinda( estrofe 20).